Começa a XIII Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea

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Aumentar o número de doadores de medula óssea cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Este é o objetivo da Lei Pietro, de autoria do ex-deputado federal Beto Albuquerque, que instituiu a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. A Lei, sancionada no dia 22 de abril de 2009, prevê que anualmente de 14 a 21 de dezembro, sejam desenvolvidas atividades de esclarecimento e incentivo à doação de medula óssea. 

Durante a semana, que leva o nome do filho do ex-parlamentar, vítima de leucemia mielóide aguda, uma série de atividades são desenvolvidas em todo o país com o objetivo de mobilizar e estimular cada vez mais a solidariedade dos brasileiros para esta causa. Ações, atividades e campanhas publicitárias devem envolver órgãos públicos, sindicatos, entidades privadas e voluntários a fim de informar e orientar sobre a facilidade de se fazer parte do cadastro de doadores e da importância da doação de medula óssea para salvar vidas.

Nesta terça-feira (14), o Instituto Pietro-Doe Medula, presidido por Beto, e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS) abriram as atividades da a XIII Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, com uma palestra sobre o tema na sede da OAB em Porto Alegre. A ação contou com a parceria do Hemocentro que realizou o cadastramento de candidatos a doação “Apostamos muito no diálogo e na informação para captar novos doadores. Hoje já somos quase 5,5 milhões de cadastrados no Redome. Este número com certeza traz mais esperança para quem depende de um transplante para viver”, comemora Albuquerque.

 

Conforme o presidente do Instituto Pietro, há 77 doenças passíveis de cura por meio de transplante de medula óssea, que acometem cerca de 12 mil pessoas por ano no país. “Destes, cerca de 60% tendem a precisar de transplante e a probabilidade de encontrar um doador compatível não-familiar é de 1 para 100 mil. Por isso, quanto mais pessoas estiverem cadastradas, com os dados atualizados no banco de dados, mais fácil será salvar uma vida”, explicou ao lamentar a recente decisão do Ministério da Saúde que restringiu o número de cadastros/ano do país de 300 mil para 149 mil, e a idade máxima para se cadastrar, de 55 anos para 34 anos e 11 meses. “Como pai que perdeu um filho não posso entender esta decisão que limitou a solidariedade”, lamentou.

A direção da entidade foi representada pela secretária-geral adjunta, Fabiana Barth, que destacou a importância da iniciativa e o compromisso da OAB/RS com a vida.

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Este é o decimo terceiro ano de realização da campanha e os resultados alcançados desde o seu lançamento são, para Beto Albuquerque, motivo de comemoração. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, atrás apenas dos registros dos Estados Unidos e da Alemanha.

A Leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), de origem geralmente desconhecida, cuja principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico, que inicialmente é feito por hemograma.

Para ser doador, basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 35 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário. No ato do cadastro, são coletados cinco mililitros de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Redome. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.

Fotos: Dani Barcellos

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