O ex-deputado federal e presidente do Instituto Pietro, Beto Albuquerque, participou da comemoração pelos 500 transplantes realizados na Unidade de Transplante de Medula Óssea Pietro Albuquerque do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF). O nome escolhido para a ala foi uma homenagem ao filho de Beto, que faleceu em fevereiro de 2009, vítima de leucemia mieloide aguda, após 13 meses de luta contra a doença. Após a perda, Beto iniciou um movimento nacional de conscientização a partir da criação da lei que estabeleceu a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, realizada sempre de 14 a 21 de dezembro.
Ao afirmar que a marca alcançada se transforma em mais força para seguir defendendo a vida, Beto fez novo apelo para que as pessoas entre 18 e 35 anos de idade possam ir ao Hemocentro do Estado se cadastrar como doadores de medula, em um procedimento simples e sem dor. “Dos casos de leucemias registrados, 40% dos pacientes podem ser curados por quimioterapia, mas 60% dependem de um doador compatível para seguirem vivos”, explicou.
Albuquerque disse que a partir da perda do filho passou a ter como prioridade a defesa da vida, em um trabalho de auxiliou no salto de 850 para 5 milhões de brasileiros aptos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea. “Em uma grande rede de solidariedade, seguimos batalhando para cadastrar cada vez mais pessoas, pois assim teremos mais transplantes e salvaremos mais vidas. O Pietro morreu por falta de doador compatível. Se fosse hoje, muito possivelmente estaria vivo” concluiu.
Ala Pietro Albuquerque
Inaugurada em 2014, a Ala Pietro Albuquerque passou a ser maior unidade de transplante de medula no Centro-Oeste do país e a única credenciada a realizar Transplante de Medula Óssea (TMO) adulto em todas as modalidades (autólogo, alogênico aparentado, alogênico não aparentado e haploidêntico).
Doações
Para ser doador, basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 35 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário. No ato do cadastro, são coletados cinco mililitros de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.